Na construção de sua identidade,a mulher negra, seja sua pele de
tonalidade escura ou clara, constrói sua corporeidade e incorpora um movimento tenso
de rejeição/aceitação, negação/afirmação do corpo.
Essa aceitação vai depender
da sua trajetória de vida, da inserção social, das possibilidades de
convivência em espaço onde a cultura negra e as raízes africanas não sejam
vistas de maneira negativa. Contudo, foi pensando nesse processo de aceitação
que várias entidades sociais brasileiras, entre elas o movimento negro, desde a
década de 70, vem construindo novos padrões de beleza, que valorizam o corpo
negro. Ao contrário do que antes acontecia – procurava-se embranquecer para
combater o racismo - , hoje a estratégia é enegrecer o corpo não somente para
demarcar a diferença de maneira positiva, mas também para fortalecer a
identidade da população negra. O estilo negro incorpora elementos africanos
para produzir beleza negra baseada agora em uma determinada noção de africanidade
que e recria a própria África no Brasil. O cabelo, as roupas , os acessórios ,
carregados dessa africanidade, constroem a aparência do ser negro de modo positivo.
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